“Esta manhã os meus olhos ficaram parados
no cadeirão que ocupa um dos cantos do nosso quarto.
Ali te sentaste muitas noites
a ler até o sono te atirar para a cama…
E foram tantos os livros.
Ali, fazíamos amor pela noite dentro
até eu ficar com negras nos joelhos…
E foram tantas as negras.
Ali, os teus olhos sonharam acordados
enquanto me observavas a dormir…
E foram tantos os sonhos.
Alguns,
agora inacabados.“